O SENADOR
McCain, antigo candidato à presidência dos Estados Unidos, chamou
psicopata ao actual líder da Coreia do Norte e disse que já o pai era
doido e o avô era maluco.
Não
sei se o senador se baseava em algum relatório genético e em regras de
hereditariedade para insultar tês gerações de grandes líderes e acabar
na ofensa ao Kim Il Sung. Mas que queria ofender um dirigente político
de uma nação soberana e, pelo caminho, vilipendiar todo um povo
patriótico, não restam dúvidas a ninguém.
Os
americanos parecem não ter os cinco alqueires bem medidos. Assim se
afigura, ao pensarmos que diante dum jovem dirigente, inexperiente e
instável, dependendo das velhas hierarquias, se comportam deste modo e é
com este folclore ofensivo que acompanham provocadoras manobras
militares. E nestas não incluo os exercícios militares junto à fronteira
do Norte, envolvendo milhares de soldados, grandes baterias de
artilharia pesada, bombardeiros “stealth” e dezenas de navios de
guerra.
De
cada vez que vou a Seoul, e fico no Hilton, a sala de pequenos almoços
do hotel parece a messe dos oficiais americanos, todos de camuflado e
com ar de quem já está atrasado para chegar à guerra. Não fora a
discreta presença dos russos e japoneses, a autoridade dos chineses e o
bom senso de Seoul, daquele clima paranóico já tinha saído asneira da
grossa a norte do Paralelo 38.
Um
presidente americano inteligente, racional e equilibrado entenderia que
se está no momento exacto de suspender estes jogos de guerra,
inequivocamente. É verdade que ao longo de gerações e após a brutal
guerra da Coreia, que todo aquele povo sofreu, a guerra psicológica dos
americanos, a qual nunca abrandou, pode bem criar um caso de demência
colectiva. Mas a comportarem-se assim, contra uma nação que dispõe de
armamento nuclear e mísseis capazes de transportar ogivas, sob a
direcção política que se conhece, não sei quem será mais louco. Se
PyongYang, se Washington
In Sorumbático, 17 Abril2013
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