sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

CUIDADO, QUE NEM OS VÍGAROS

HOUVE um secretário de Estado que anunciou ao País que, em grande maioria, tinham surgido investidores estrangeiros a comprarem acções dos CTT, na privatização dos nossos Correios. Coitado do homem, que se enganou, com certeza, ou foi levado ao engano, pois não é de crer que seja mentiroso a tal ponto. Soube-se que, no fim de contas, mais de 90 por cento das acções dos CTT foram compradas naquele mesmo dia por bancos portugueses e por ordem do Governo, directriz ordenada através das Finanças.
É por estas e por outras que as agências de notação, mais os nossos credores e a banca internacional, vêem Portugal com desconfiança, e franzem o sobrolho quando ouvem falar do nosso país. Trazer polacos de origem colombiana, naturalizados bolivianos com documentos e negócios no Brasil a ver se nos compram as nossas melhores companhias dá tão mau aspecto que também não chega ser emigrante lusitano, a dar ao pedal 12 horas por dia para reganhar a seriedade perdida.
Por estas e por outras é que os chineses já nos dão berros quando queremos mudar regras de compras efectuadas há pouco tempo. Tenham cuidado, meninos! Olhem que até os aldrúbias só mentem uma vez….

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Burros e a recebermos o que nos dão…

O PRIMEIRO-MINISTRO belga, di Rupio, é um amor! Foi denunciar aos europeus que a Bélgica está cheia de portugueses a cobrarem 2,04 euros por cada hora de trabalho, o que concorreria deslealmente com os salários que na Bélgica se pagam aos trabalhadores. Assim, não haveria maneira de competir com gente a cobrar tão pouco como os portugueses a trabalharem na Bélgica
O chefe do Governo belga ignora que os Portugueses ganham, à força do seu trabalho e na sua Pátria e em média, aquilo de que ele se queixa dos desamparados imigrantes portugueses aceitarem. É questão de fazer contas: 2,04 euros à hora, faz 16,32 euros por dia de 8 horas de trabalho.16,32 euros vezes 22 dias úteis de trabalho (se for só assim) dá o total de cerca de 400 euros que cada português ganha enquanto mostra o seu agradecimento por não ser despedido pelo Governo em vergonhosas negociatas semelhantes àquela que ditou o fecho dos estaleiros de Viana.
Não pode ir a Bruxelas um “especialista” deste prestigiado Governo, “boy” recém-admitido, explicar aos belgas por que razão os americanos comparam os portugueses aos burros de Miranda?! E, já agora, poderia o ilustre assessor dar a volta por Washington para agradecer aos ianques escreverem sobre o povo português como se fosse uma nação de burros, destacando-os em um quinto, ao alto, da primeira página da sua edição internacional?