GOSTEI muito da
entrevista do deputado Paulo Campos a José Gomes Ferreira, na SIC Notícias. Primeiro,
porque Gomes Ferreira está no top dos nossos melhores entrevistadores de TV.
Segundo, porque o actual deputado do PS e antigo secretário de Estado das Obras
Públicas de Sócrates revelou uma preparação, uma segurança emocional e uma
frieza capazes de estabelecerem, nos leigos, uma dúvida razoável. A verdade é
que a entrevista acabou e os contratos das parcerias público–privadas (PPP) assinados
pelo Governo de Sócrates permanecem um mistério.
Paulo Campos não só garante que todos os documentos tinham
sido visados pelo TC, como lembra que estes não foram só assinados por si,
modesto secretário de Estado das Obras Públicas. O Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos,
o seu ministro Mário Lino, o Conselho de Ministros, na sua totalidade e até o
Presidente da República Cavaco Silva, o último a assinar, foram o crivo por
onde passaram os controversos documentos que nos fazem pagar os olhos da cara.
Paulo Campos só teve um deslize, ao pecar por excesso.
Aquela dele, aos 47 anos, deputado da Nação, ser sustentado pelos papás é
excessiva! Não tinha necessidade, principalmente depois de nos recordar que se
tivesse roubado não teria roubado sozinho!
Paulo Campos não quer morrer sozinho. E aproveitou bem a
oportunidade do convite de José Gomes Ferreira para nos recordar que o povo
acha que “tão ladrão é quem vai à horta, como quem fica à porta”.
Sem comentários:
Enviar um comentário