A REPÚBLICA de pernas para o ar e o seu
aniversário comemorado à porta fechada, num pátio esconso, no último feriado
que o celebrava, com o primeiro-ministro a almoçar no albergue espanhol de La Valetta, em Malta , no
regresso “jet set”de Bratislava, Eslováquia, tiveram o perfume dum cómico fim
de regime.
É
triste porem-nos a rir a bandeiras despregadas um século depois da implantação
da República, com discursos às três pancadas, no recolhimento protector do
pátio da galé, perante mais guarda-costas e jornalistas do que festivos cidadãos. Mas nem assim conseguiram
calar uma pobre desempregada que conseguiu levantar a voz para dar expressão ao
seu desespero, nem uma jovem contralto que foi buscar Lopes Graça para exprimir
a necessidade de todos resistirmos. Nem souberam pôr a bandeira que usam na
lapela a drapejar como deve ser no mastro que lhe competia.
Não
sou monárquico, mas não me custa comparar a pobreza confrangedora da cerimónia
republicana, com o digno e mobilizador discurso de D. Duarte Nuno de Bragança,
ao assinalar, quase na mesma data, o reconhecimento da fundação de Portugal,
há perto de 900 anos, na letra e espírito do tratado de Zamora. Leiam-no, que
nos conforta com alguma esperança e dignidade…
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