CONFESSEM que têm todas as razões para terem saudades de Mário Lino à frente das Obras Públicas. Falava bem Francês, é engenheiro de verdade, mudou da Ota para Alcochete como quem muda de camisa, soltou o apaixonante “jamé” (jamais) quando recusou o futuro aeroporto no deserto da margem sul. E foi sempre original!
Este ministro de agora supõe-se que seja engenheiro, tem um nome fácil de esquecer – Monteiro, ou Nogueira, salvo erro – e há-de ir-se embora sem ninguém dar por isso, sem TGV nem aeroporto. Mas o seu anonimato é uma injustiça depois do que fez hoje: conseguiu ler o discurso que o seu secretário de Estado já tinha pronunciado na mesma cerimónia duma reunião qualquer.
Confessem que para engenheiro, político e autor da confusão das SCUTs, que pôs a Espanha a rir e deixou turistas com carros de aluguer a jurar que a Portugal não voltam, o cavalheiro não está nada mal. São habilidades destas que os fazem dar nas vistas e ficar no mapa. Podem ser facilmente encontrados pelo GPS nos caminhos da incompetência e da pouca vergonha.
Enquanto este governo durar, estes ministros podiam ler sempre o mesmo discurso. E podia ser este das Obras Públicas. Ou acham que alguém ouve o que eles dizem?!
Meu caro Joaquim Letria, eu já nem os oiço pelo que, confesso, perdi a reprise do chefe - que, creio, se chama Mendonça, mas não aposto consigo - isto se foi pública.
ResponderEliminarMas, volto a confessar sem necessidade de tortura, sabê-la por si, com o seu humor e ironia, é muito melhor.
abraço
(comentário em eco)
:)
Já agora, partilhei no facebook.
ResponderEliminarabraço