Para os reformados e pensionistas, o ano de 2013 vai ser ainda pior
do que este 2012. Os cortes vão manter-se ou crescer e, com o brutal aumento de
impostos, a subida dos preços dos combustíveis, do gás e da electricidade, e o
encarecimento de muitos bens essenciais, o rendimento disponível dos idosos será
ainda menor.
Os aposentados são indefesos. Com a existência organizada em função
dum determinado rendimento, para o qual se prepararam toda a vida, entregando
ao Estado o estipulado para este fazer render e pagar-lhes agora o respectivo
retorno, os reformados não têm defesa. São agora espoliados e, não tendo
condições para procurar outras fontes de rendimento, apenas lhes resta, face à
nova realidade que lhes criaram, não honrar os seus compromissos, passar frio,
fome e acumular dívidas.
No resto da Europa, os velhos viram as suas reformas não serem
atingidas e, em alguns casos, como sucedeu, por exemplo, em Espanha, serem até
ligeiramente aumentadas. Portugal não é país para velhos. Os políticos devem
pensar que os nossos velhos já estão mortos e que, no fim de contas, estamos
todos mal enterrados...
In Sorumbático – 12 Nov 12
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