quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

QUE ELES NOS DESCULPEM!

A POLÍTICA nacional dá mostras de grande frivolidade e irresponsabilidade, saltitando do dramatismo da tragédia para as piadas de mau gosto. Sem dúvida nenhuma que Portugal, enquanto nação, é muito superior à sua classe política, uma realidade que poderá fazer-nos perder algo de insubstituível, criando uma situação irreparável. 
No meio da confusão, do desconcerto, da incompetência e da intriga, vivem aqueles que geram artigos e comentários de encomenda, muitos deles sem nunca serem lidos e outros sem ninguém os ouvir. Muitos julgarão que tudo isto será prontamente esquecido, numa espécie de café-concerto que, com o tempo, não adianta nem atrasa. 
O grave é que o desemprego não pára, a educação não melhora, a saúde piora, os impostos aumentam, as contrapartidas diminuem, a economia verdadeira não arranca e a dívida externa cresce. Partidos e sindicatos movem-se à margem das leis, tentando cumprir os fins para que foram criados e existem, convencidos, uns e outros, de estarem a representar a vontade popular, a participação cidadã e o pluralismo ideológico.
Infelizmente, foram assaltados por quadrilhas organizadas, sem regras claras que regulem a concorrência democrática interna. Os partidos converteram-se em oligarquias imobilistas, agências de emprego para os medíocres e de colocações temporárias para os corruptos, criando uma podridão insuportável, de que há, cada vez mais, jovens atordoados a fugirem lá para fora. Que eles nos desculpem e que Deus os acompanhe!
In Sorumbático, 1 Fev 13

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